Fazer uma compra programada e com parcelas que não pesem no bolso tem sido uma das alternativas mais utilizadas por quem pode esperar para receber o bem. No entanto, muitas pessoas cometem erros ao contratar um consórcio que podem gerar frustrações e comprometer o orçamento.
Foi o que observou Márcio Massani, diretor executivo-comercial da Âncora Consórcios, em conversa com o InfoMoney.
“Ao longo dos anos, observamos alguns equívocos recorrentes por parte de quem contrata um consórcio. Mas muitos deles poderiam ser evitados com acesso à informação e orientação adequada”, disse.
Principais erros ao contratar um consórcio
A partir de sua experiência, Massani apontou cinco erros que estão entre os mais frequentes na contratação de um consórcio. Se você está pensando em fugir dos juros altos de um financiamento mas deseja acertar na hora de escolher o melhor consórcio, continue a leitura e saiba como evitar problemas.
1 – Confundir consórcio com financiamento
Muitas pessoas contratam um consórcio acreditando que terão acesso imediato ao bem ou serviço desejado, assim como acontece nos financiamentos.
No entanto, é fundamental compreender que o consórcio é uma ferramenta de planejamento financeiro diferente dos financiamentos tradicionais. A aquisição do bem ou serviço ocorre por meio de sorteios ou lances para antecipar a contemplação.
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Por isso, o ideal é contratar o consórcio quando não há pressa e quando ele for parte de um projeto financeiro de médio a longo prazo, e não como uma solução emergencial.
2 – Não se preparar para ofertar lances
Outro erro comum ao contratar um consórcio é ficar esperando somente pelo sorteio para obter a contemplação e esquecer que os lances são a principal via de antecipação da carta de crédito.
Sobre esse aspecto, Massani observa que, mesmo que o sorteio seja uma possibilidade, é importante entrar no consórcio com a perspectiva de planejar um valor de lance. Existem diferentes formas de se fazer uma oferta, seja com recursos próprios, lance embutido ou troca de chave, por exemplo.
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Segundo o gestor, os diferentes cenários e formas de contemplação devem ser apresentados para o cliente desde o início da negociação de um consórcio, para que ele se organize e consiga montar uma estratégia financeira eficiente. E é importante que a administradora ofereça tipos de lances que se adaptem aos diversos perfis e objetivos dos consorciados. Dessa forma, é possível ter mais flexibilidade na hora de antecipar a contemplação com planejamento e segurança.
3 – Escolher o tipo de consórcio sem considerar seus objetivos reais
Muitas vezes, quem busca um consórcio se preocupa apenas com o valor das parcelas ou com o valor do crédito disponível, sem considerar se o plano atende, de fato, ao seu projeto pessoal. Esse tipo de situação pode gerar arrependimento, ou mesmo a necessidade de migração para outro grupo.
Para evitar erros como esse, antes de contratar um consórcio, é essencial ter clareza sobre qual o objetivo da operação (comprar ou trocar um bem, investir, etc), quanto tempo se pode esperar e quanto dá para investir mensalmente.
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“Quanto mais alinhado estiver o consórcio às expectativas, melhor será a experiência de quem o contratou. A orientação de um especialista é fundamental nesse processo”, alerta Massani.
4 – Desconsiderar a importância de manter os pagamentos em dia
Honrar pontualmente as prestações é fundamental para obter os resultados desejados com o consórcio. Atrasos nas parcelas podem comprometer a contemplação ou, em casos mais extremos, resultar no cancelamento da cota.
Por isso, é fundamental que o consórcio esteja em linha com o planejamento financeiro de cada um. Com as parcelas em dia, o consorciado garante sua participação ativa nos sorteios, pode ofertar lances e continua apto a ser contemplado.
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5 – Não ler (ou entender) o contrato
O contrato contém todas as informações relevantes do consórcio, e é essencial que seja lido antes do ingresso no grupo.
Embora todas as disposições sobre a operação constem no documento, muitos clientes não se atentam aos detalhes das regras. Assim, deixam de conhecer informações fundamentais, como prazos, formas de contemplação e como utilizar a carta de crédito.
“Ler atentamente o contrato e esclarecer dúvidas junto ao responsável pela negociação ajudam a evitar mal-entendidos futuros. Uma decisão consciente é sempre mais segura”, alerta o gestor da Âncora.
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