Para o chefe da equipe econômica do governo Lula, o nosso Banco Central (BC) seria o mais duro do mundo em sua política monetária, apesar do próprio petista ser responsável pela indicação do atual presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, além da maioria dos diretores, substituindo a equipe apontada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Haddad, a taxa Selic atual está excessivamente restritiva, ao afirmar que a inflação já está próxima da banda superior da meta de 4,5% ao ano, mas que, ainda assim, o juro real está em cerca de 10% ao ano.
Questionado sobre a atual gestão do BC ser fruto das indicações de Lula, Haddad se limitou a justificar que seria difícil avaliar a gestão de Galípolo por conta dos “problemas herdados da gestão anterior, sobretudo regulatórios”.
Fatiar as alternativas
Agora, a estratégia para compensar as medidas de ajustes fiscais alternativa ao aumento do IOF, medida impopular, é o envio de dois projetos de lei aos deputados federais e senadores, ou seja, fatiando trechos que já haviam sido rejeitados.
“Como houve muita polêmica em torno da questão de despesa e receita no mesmo diploma legal, a decisão provável é dividir entre dois projetos de lei”, disse Haddad à GloboNews, citando que os projetos de lei podem chegar ao Congresso Nacional ainda hoje.
Tal revisão de e gastos pode gerar entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões em economia, enquanto a taxação de bets e fintechs deve render cerca de R$ 3,2 bilhões no próximo ano — R$ 1,7 bilhão das apostas e R$ 1,58 bilhão das plataformas financeiras.
Está em jogo também a proposta orçamentária do próximo ano, em análise no Congresso Nacional, que prevê superávit primário de 0,25% do PIB, cerca de R$ 34,5 bilhões. Haddad defende que o país entregue um resultado positivo em 2026, após anos de déficit.
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