Mais uma companhia deixou a
B3 (B3SA3), a dona da bolsa de valores brasileira, a ver navios literalmente, dada a saída da
Wilson Sons (PORT3), uma empresa de logística portuária com 187 anos de história. Nesta quinta-feira (23), ocorreu o último pregão para
PORT3, cujos papéis terminaram o dia valendo R$ 18,47 cada.
Embora muitos investidores possam ter sido pegos de surpresa com essa notícia, que só escancara a
debandada de empresas da bolsa de valores brasileira, os acionistas minoritários da Wilson Sons já sabiam há algum tempo do interesse do novo controlador em fechar o capital do negócio.
Desde o dia 4 de junho de 2025, o Grupo MSC (Mediterranean Shipping Company) assumiu o controle da
PORT3, ao concluir a aquisição de 248,6 milhões de ações e, com isso, atingir uma participação de 68,39% na empresa.
O negócio havia sido anunciado em outubro de 2024, mas dependia de algumas condições. Por isso, só recentemente foi fechado. O valor final foi de R$ 4,351 bilhões, o equivalente a R$ 17,50 por ação.
Nesse contexto, os acionistas minoritários, incluindo investidores pessoas físicas, já tinham ciência de que o plano do Grupo MSC era tirar a Wilson Sons da B3, fato que se materializou nesta data, com a execução de
OPA (Oferta Pública de Aquisição).
Fundada em 1837 na cidade de Salvador, capital da Bahia, a Wilson Sons é uma das mais antigas companhias ainda em operação no Brasil e, naquela época, se voltava para o comércio de carvão, mercadorias em geral e serviços de navegação. Inicialmente, a sua marca esteve associada aos nomes dos seus fundadores, os irmãos escoceses Edward e Fleetwood Pellew Wilson.
Somente em 2007 é que as ações da Wilson Sons estrearam na bolsa de valores brasileira, por meio de
IPO. Conforme dados do
Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em
PORT3 há dois anos, hoje você teria
R$ 1.478,40, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado
R$ 1.292,40 nas mesmas condições.
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