As ações da Reag Investimentos – REAG3 – registravam uma forte derrocada no início da sessão desta quinta-feira (28) após a empresa ser alvo de mandado de busca de apreensão. Às 10h45 (horário de Brasília), os papéis REAG3 desabavam 17,29%, a R$ 3,11, para depois entrarem em leilão.
A companhia e CiabraSF anunciaram nesta quinta-feira que suas sedes foram incluídas em mandados de busca e apreensão no âmbito da operação Carbono Oculto, do Ministério Público de São Paulo.
A megaoperação, envolvendo cerca de 1.400 agentes de vários órgãos públicos, mira um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, com participação de fundos de investimento e fintechs usados para lavar os recursos que, segundo investigadores, têm ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
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“Trata-se de procedimento investigativo em curso”, afirmou a Reag em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“As companhias esclarecem que estão colaborando integralmente com as autoridades competentes, fornecendo as informações e documentos solicitados, e permanecerão à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários”, acrescentaram.
Quem é a Reag?
Em seu site, a Reag se define como a maior gestora independente do Brasil (sem ligação com bancos), com R$ 299 bilhões sob gestão. Por ter suas ações negociadas na B3, a gestora indica que garante seu compromisso com a transparência.
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A gestora é controlada pela Reag Capital Holding S/A, que também controla outra holding independente, a Ciabrasf, além de seguradoras e financeiras. Fundada em 2012, a Reag tem se destacado no cenário financeiro brasileiro, e passa por um processo acelerado de expansão.
A empresa também ficou ainda mais conhecida por se tornar patrocinadora do Belas Artes, um dos cinemas mais tradicionais de São Paulo. A gestora adquiriu os naming rights do cinema — quando uma empresa adquire por contrato o direito exclusivo de dar o seu nome a um espaço —, o local passou a se chamar REAG Belas Artes.
Embora o balanço consolidado de 2024 ainda não tenha sido divulgado, os resultados trimestrais mostram uma reviravolta significativa: a REAG saiu de um prejuízo de R$ 2,1 milhões no primeiro trimestre de 2023 para um lucro líquido de R$ 2,9 milhões no mesmo período de 2024.
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(com Reuters e O Globo)
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