A avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu de 28% para 31% entre julho e agosto, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20). No mesmo período, a avaliação negativa oscilou dentro da margem de erro, de 40% para 39%. A percepção de que o governo é regular permaneceu estável em 27%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 17 de agosto com 12.150 entrevistas em oito estados e tem margem de erro de dois pontos percentuais.
Com o resultado, a diferença entre as avaliações negativa e positiva caiu para 8 pontos — o menor patamar desde maio, quando essa distância era de 17 pontos (43% negativa e 26% positiva).
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A melhora ocorre em meio à crise comercial com os Estados Unidos, após a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente Donald Trump. Segundo a Quaest, a condução do governo frente ao tarifaço e os esforços para associar a medida a interesses políticos ligados à família Bolsonaro influenciaram a recuperação da imagem do presidente.
Na avaliação sobre o desempenho específico diante da crise, 44% acreditam que Lula está agindo bem, enquanto 46% avaliam que ele age mal. Jair e Eduardo Bolsonaro registraram pior desempenho: 24% dizem que a dupla age bem, e 55%, mal.
Questionados sobre as motivações do presidente, 49% afirmam que Lula atua em defesa do Brasil, enquanto 41% acreditam que ele busca autopromoção. No caso de Eduardo Bolsonaro, 69% dizem que ele defende interesses próprios.
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Lula também voltou a superar Jair Bolsonaro na comparação direta entre os dois governos. Para 43% dos entrevistados, o petista é melhor que seu antecessor, enquanto 38% preferem Bolsonaro. Em julho, a preferência era inversa: 40% a 44%.
Entre eleitores sem posição política, o índice dos que veem Lula como melhor presidente subiu de 33% para 37%, enquanto os que o consideram pior recuaram de 37% para 27%.
No diagnóstico geral sobre o país, 36% disseram que o Brasil está na direção certa, enquanto 57% acreditam que está no rumo errado.
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A avaliação positiva de Lula segue mais alta entre moradores do Nordeste (60%), beneficiários do Bolsa Família (60%), pessoas com até o ensino fundamental (56%), católicos (54%) e brasileiros com renda de até dois salários mínimos (55%).
Entre as mulheres, houve empate técnico: 48% aprovam e 49% desaprovam. Entre os homens, a aprovação subiu de 39% para 44% e a desaprovação caiu de 58% para 53%.
No embate com os Estados Unidos, 48% acreditam que Lula e o PT estão certos, ante 28% que citam Bolsonaro e aliados. A avaliação positiva do governo cresceu também entre eleitores sem posição ideológica: 45% apoiam a postura de Lula na crise com os EUA, contra 20% que apoiam Bolsonaro.
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