O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve seu celular apreendido pela Polícia Federal nesta segunda-feira (4), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar sua prisão domiciliar. A medida, segundo o ministro, se justifica pelo descumprimento das medidas cautelares impostas no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A nova busca e apreensão ocorreu na casa de Bolsonaro, em Brasília, e faz parte do cumprimento das restrições estabelecidas por Moraes.
Na decisão, o ministro destacou que Bolsonaro se utilizou de perfis de aliados e familiares para continuar instigando ataques ao Supremo e promovendo apoio a intervenções estrangeiras contra o Judiciário brasileiro. O ministro também apontou uma ligação com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), vista como continuidade das tentativas de interferência indevida no funcionamento da Justiça.
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Moraes afirmou que a atuação de Bolsonaro, ainda que indireta, configura violação deliberada da proibição de comunicação política e digital, mantendo “influência ativa no debate público por vias alternativas”.
Reincidência e histórico de buscas
Esta não é a primeira vez que a PF realiza buscas na residência do ex-presidente. Em 18 de julho, uma operação anterior já havia apreendido celulares, pendrive, documentos, R$ 8 mil em espécie e cerca de US$ 14 mil (o equivalente a R$ 77,7 mil na cotação da época). Parte do material, como um pendrive escondido em um banheiro, foi encaminhada para perícia, mas nada de relevante à investigação foi encontrado.
Na ocasião, os agentes também estiveram na sede do Partido Liberal (PL), onde Bolsonaro mantém um escritório político. Os investigadores apuram se o ex-presidente utilizou a estrutura partidária para continuar se articulando politicamente.
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