O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), pré-candidato à Presidência da República, participou na manhã desta segunda-feira do programa Café com a Gazeta, no YouTube. Ele abriu a entrevista comentando os efeitos da taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
“Lula provocou toda essa situação. É a mesma trajetória de Hugo Chávez, quando criou a tese do imperialismo e rompeu com os Estados Unidos. Lula, ao se ver encurralado e sem condições de dialogar com a população, cria a falsa visão de que estaria interessado em desenvolver a soberania brasileira. Isso tem cunho eleitoreiro. É inaceitável que paguemos por essa posição. Essa política inviabiliza indústrias e empregos em nossos estados”, afirmou.
Caiado explica presença em festa de Guiomar e Gilmar Mendes
Questionado sobre sua presença na comemoração dos 73 anos da advogada Guiomar Mendes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em Brasília, Caiado respondeu que não aceita “patrulha” sobre sua agenda. “Sou um homem público que se dá o direito de andar em qualquer lugar do país. Nunca me intimidei, mas sempre respeitei as regras da democracia. Onde entro, caminho ou converso é prerrogativa minha”, disse.
O governador afirmou que, se eleito, pretende buscar diálogo com todos os poderes, mas sem abrir mão de suas convicções. “Não há democracia sem os poderes. Governa-se construindo paz e não enfrentamento. Mas mantenho o que acredito. Meu primeiro ato será anistiar todos os envolvidos no 8 de janeiro, inclusive o presidente Bolsonaro”, declarou.
Vencer Lula em 2026 deve ser o foco da direita, diz Caiado
Caiado também ponderou a ideia de impeachment do ministro Alexandre de Moraes como solução para a crise institucional. “Qual a prioridade: tirar Alexandre de Moraes ou vencer Lula em 2026? Médico incompetente pode dar diagnóstico errado. Medida politiqueira não resolve o problema do país. O foco deve ser ganhar a eleição. Tirar uma pessoa do STF não altera nada. O julgamento do ex-presidente já está marcado para 2 de setembro. O país precisa de um presidente capaz de implantar uma anistia ampla, geral e irrestrita”, afirmou.
Por fim, o governador defendeu uma disputa aberta entre candidatos de direita em 2026.
“Sou a favor de vários candidatos no primeiro turno e do apoio dos demais no segundo. O objetivo principal é tirar o Lula”, disse.
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