Na tarde desta quarta-feira (22), o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) informou que Marcelo Pimentel renunciou ao cargo de diretor-executivo da companhia. Ele também deixou a cadeira que ocupava no conselho de administração da rede varejista.
Poucas horas depois, os membros da diretoria já fizeram uma votação para decidir que vai ocupar os cargos de forma interina. Para isso, elegeram Rafael Russowsky, que atua como diretor financeiro e de Relações com Investidores.
“O conselho de administração agradece ao Marcelo Pimentel por sua dedicação e importantes transformações conduzidas ao longo dos últimos três anos”, afirma o GPA, em comunicado. Ele estava na direção da companhia desde 2022, depois de ter comandao a Marisa.
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Embora a empresa não tenha divulgado muitos detalhes sobre a troca de cadeiras no primeiro escalão, os investidores reagiram com animação às mudanças. As ações do Pão de Açúcar chegaram a cair por alguns poucos minutos, mas logo mudaram de rota e começaram uma trajetória de valorização.
Por volta das 16h30, os papeis eram negociados em R$ 3,70, valor que representa uma alta de 3,3% em relação ao fechamento da véspera. Com isso, desde o começo do ano, a companhia entrega um avanço de 40% na carteira dos investidores.
O GPA é um dos principais grupos de varejo do país, com um valor de mercado de R$ 1,7 bilhão, segundo dados da B3. Além do Pão de Açucar, a companhia ainda mantém as marcas Extra, Compre Bem e Sendas, que estão espalhadas por diversas cidades do país.
Carta marcada
A saída de Pimentel já era dada como certa nos bastidores do GPA desde o começo deste mês. Ele até chegou a ameaçar deixar o cargo há duas semanas, mas voltou atrás.
Tudo começou quando a companhia elegeu um novo conselho de administração, agora comandado por André Coelho Diniz. Pimentel teria se mostrado insatisfeito com a eleição de Edison Ticle, CFO da Minerva Foods, como vice-presidente do conselho, o que, segundo ele, incorreria em um conflito de interesse.
A eleição do novo board e também a chegada do novo CEO fazem parte dos planos que a família Coelho Diniz tem para a companhia com uma reestruturação. Além de reduzir custos, o foco está nas operações mais rentáveis, especialmente na capital paulista.
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