A Comissão Parlamentar Mista (CPMI) do INSS aprovou nesta terça-feira (26) as primeiras convocações e convites no âmbito da investigação sobre fraudes em aposentadorias e pensões, estimadas em até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Entre os nomes aprovados estão dez ex-presidentes do INSS, empresários envolvidos e figuras centrais como Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como operador financeiro das fraudes.
A aprovação dos requerimentos ocorre em meio ao embate entre oposição e governo. Enquanto a oposição pressiona para ouvir Frei Chico, irmão de Lula e dirigente do Sindnapi, o Planalto tenta blindá-lo e redirecionar o foco para gestões anteriores, incluindo a de Jair Bolsonaro.
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Quem foi convocado pela CPI do INSS
Os convocados fazem parte do núcleo considerado essencial para esclarecer as fraudes. Eles são obrigados a comparecer. Se não forem, podem ser ser conduzidos coercitivamente.
Veja os convocados na primeira reunião da comissão:
- Alessandro Stefanutto – ex-presidente do INSS afastado pela Justiça após operação da PF;
- Antônio Carlos Camilo Antunes (“Careca do INSS”) – apontado como facilitador do esquema, com empresas usadas como intermediárias financeiras;
- Maurício Camisotti – empresário apontado como sócio oculto de entidades envolvidas;
- Ex-presidentes do INSS em diferentes governos:
- Lindolfo Neto de Oliveira Sales (Dilma Rousseff)
- Elisete Berchiol da Silva Iwai (Dilma Rousseff)
- Leonardo José Rolim Guimarães (Bolsonaro)
- Renato Rodrigues Vieira (Bolsonaro)
- Guilherme Serrano (Bolsonaro)
- Glauco André Fonseca Wamburg (Lula)
- Leonardo de Melo Gadelha (Temer)
- Edison Antônio Costa Britto Garcia (Temer)
- Francisco Paulo Soares Lopes (Temer)
Quem foi convidado pela CPI do INSS
Os convidados são ex-ministros e ex-secretários que tiveram papel de comando político na Previdência, mas cuja presença não é obrigatória. São eles:
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- Carlos Lupi – ex-ministro da Previdência (Lula)
- Carlos Gabas – ex-ministro da Previdência (Dilma)
- José Carlos Oliveira – ex-ministro do Trabalho e Previdência e ex-presidente do INSS (Bolsonaro)
- Marcelo Abi-Ramia Caetano – ex-secretário de Previdência (Temer)
- Onyx Lorenzoni – ex-ministro da Previdência (Bolsonaro)
Próximos passos
O relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), defende que a apuração se concentre em fatos ocorridos a partir de 2015, período em que o esquema teria ganhado escala. A primeira oitiva está prevista para quinta-feira (28), com o depoimento do delegado da PF Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi, responsável pelas investigações.
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