A Fabergé, fabricante dos lendários ovos de joias criados para a monarquia russa, foi vendida por US$ 50 milhões (cerca de R$ 272 milhões) ao empresário Sergei Mosunov, sócio da empresa de capital de risco The Garage Syndicate.
A operação marca a entrada da marca centenária no portfólio da SMG Capital, empresa de investimentos dos EUA ligada a Mosunov. O negócio ocorre pouco mais de uma década após a britânica Gemfields ter adquirido a Fabergé, em 2013, por R$ 772 milhões.
Segundo o Financial Times, a conclusão da transação está prevista para este mês. A Gemfields receberá US$ 45 milhões à vista, enquanto os US$ 5 milhões restantes serão pagos em parcelas trimestrais de royalties.

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Venda encerra fase de prejuízos
O anúncio encerra a revisão estratégica iniciada no fim de 2024 pela Gemfields, que enfrentou “desafios consideráveis”, segundo o CEO Sean Gilbertson. Em 2024, a mineradora registrou prejuízo e viu sua receita anual recuar 19%, para US$ 213 milhões.
A companhia, com sede em Londres e atuação principalmente na extração de esmeraldas e rubis, também foi impactada por conflitos violentos em Moçambique, que afetaram sua produção de pedras preciosas. As ações da Gemfields perderam quase metade do valor no último ano.
“A venda de hoje marca o fim de uma era para nós. Agora, somos uma proposta de investimento mais enxuta e focada”, disse Gilbertson.
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A história por trás dos ovos Fabergé
Fundada em 1842, a joalheria russa ganhou fama mundial sob a direção de Peter Carl Fabergé, criador dos icônicos ovos cravejados de gemas e metais preciosos. O primeiro deles foi encomendado em 1885 pelo czar Aleksandr III como presente de Páscoa para a imperatriz Maria Feodorovna.
Entre 1885 e 1916, foram produzidos cerca de 50 ovos imperiais, dos quais mais de 40 sobreviveram. Em 2004, o magnata russo Viktor Vekselberg desembolsou mais de US$ 90 milhões para adquirir nove dessas peças históricas, antes pertencentes à família Forbes — formando a segunda maior coleção do mundo.
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