O Ibovespa Futuro opera em alta nos primeiros negócios desta segunda-feira (8), acompanhando o otimismo externo, impulsionado pela expectativa de redução da taxa de juros nos Estados Unidos neste mês. Os investidores também observam a política no Japão e na França. No cenário local, a atenção da semana deve se concentrar na retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, com decisão sobre sua responsabilidade na tentativa de golpe de Estado prevista para o final da semana. Às 9h05 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em outubro subia 0,10%, aos 144.845 pontos.
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Dados fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano divulgados na semana passada levavam os agentes financeiros a darem como certa uma redução dos juros pelo Federal Reserve neste mês, com a maioria das apostas em um corte de 0,25 ponto percentual e uma quantidade menor acreditando em redução de 0,50 ponto.

As políticas do Japão, após renúncia do premiê Shigeru Ishiba no fim de semana, e na França, com a expectativa de uma derrota do primeiro-ministro, François Bayrou, em um voto de confiança no Parlamento, também chamavam a atenção dos participantes do mercado.
O holofote ao longo da semana, no entanto, deve estar sobre o plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) onde, na terça, os cinco ministros começam a votar sobre o processo em que Bolsonaro e outros sete réus respondem pela acusação de tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.
Em Wall Street, o Dow Jones Futuro subia 0,14%, o S&P Futuro avançava 0,23% e o Nasdaq Futuro tinha alta de 0,39%.
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Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar à vista caía 0,12%, aos R$ 5,406 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 0,17%, aos 5.436 pontos.
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em alta, enquanto os investidores avaliavam o anúncio de renúncia do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, no fim de semana e observavam dados econômicos importantes na região.
As exportações da China cresceram 4,4% em agosto, em dólares, na comparação anual, abaixo da expectativa de 5,0% projetada por economistas consultados pela Reuters. As importações também avançaram menos do que o previsto, pressionadas pela fraqueza persistente do setor imobiliário, pelo aumento da insegurança no mercado de trabalho e por outros fatores.
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Os mercados europeus operam em alta nesta segunda-feira, enquanto os investidores acompanham o voto de confiança na França. O país pode em breve iniciar a busca por seu quinto primeiro-ministro em apenas três anos, em meio a uma crise política que mergulha a segunda maior economia da zona do euro em turbulência. François Bayrou enfrenta hoje o voto de confiança, que tende a ser derrotado.
Embora parte da incerteza já esteja precificada nos ativos, a sequência de revisões de rating da dívida francesa, prevista para esta semana, será um teste crucial tanto para o país quanto para o apetite dos investidores.
Os preços do petróleo sobem após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e alidos (OPEP+) anunciar no fim de semana que aumentará a produção de petróleo novamente a partir de outubro, embora o grupo esteja reduzindo o ritmo de aumentos. Os membros da OPEP+ concordaram em aumentar a produção em 137 mil barris por dia (bpd) a partir de outubro, bem abaixo dos aumentos de cerca de 555 mil bpd em setembro e agosto, e de 411 mil bpd em julho e junho.
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As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta pela quinta sessão consecutiva, apoiados por uma queda acentuada nos embarques de um grande fornecedor e pelas exportações resilientes de aço do principal consumidor, a China.
(Com Reuters e Bloomberg)
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