Juliana Marins, a publicitária brasileira que morreu após cair de uma encosta durante uma trilha ao cume do Monte Rinjani, na Indonésia, faria 27 anos neste domingo (24). A data especial motivou uma homenagem emocionada de sua irmã, Mariana Marins, nas redes sociais. Em uma publicação feita no Instagram, Mariana conta que passou a semana revendo fotos de seu casamento, do qual Juliana era madrinha, e que a saudade dos momentos juntos é persistente.
“Esta semana, me peguei pensando no dia em que te chamei para ser a madrinha do meu casamento. Não tinha ninguém mais que poderia ter ocupado esse espaço. Apenas você. E você, do seu jeitinho, ficou super feliz tanto com o convite quanto com o casamento em si. Revi infinitas vezes as fotos do casamento, o jeito que você olhava para a gente com ar de orgulho, e senti muita paz em saber que você conseguiu estar lá”, relata.
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Mariana lembra que a cerimônia foi modesta e celebra o fato de ter conseguido organizá-la com agilidade, garantindo a participação de Juliana antes de sua partida.
“Você sabe que queríamos um festão. Um marco cheio de músicas e comidas gostosas, mas que, depois de muito pensar, decidimos fazer algo simples, íntimo e de rápido planejamento. E ainda bem! Se não fosse isso, talvez a gente não tivesse casado ainda e não teríamos mais a chance de ter esse momento com você presente”, destaca.
Mariana revela que, dias atrás, ele e a esposa, também Mariana, se recordaram da última conversa que as três tiveram. E lamentou a impossibilidade de outros momentos assim.
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“A saudade de você é tanta, irmã…Espero que você esteja em paz, onde quer que esteja. Por aqui, estamos tentando seguir firmes, juntas, lembrando dos momentos que tivemos com você. E não se preocupa, estamos cuidando muito bem dos nossos velhos. Te amamos para sempre. Feliz aniversário”, conclui.
O acidente
Moradora de Niterói, a publicitária Juliana Marins, caiu da trilha do vulcão no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, a cerca de 300 metros de profundidade. A encosta do vulcão tem 3.721 metros de altitude. O acidente ocorreu por volta das 4h da manhã do dia 21 de junho, quando ainda era noite do dia anterior no Brasil. Condições climáticas adversas e dificuldade de mobilização de equipes de resgate prolongaram o tempo de buscas. Cerca de 85 horas depois, o corpo da jovem foi localizado por voluntários que tomaram à frente do trabalho de resgate junto a órgãos oficiais indonésios.
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O corpo da jovem passou por autópsia ainda na Indonésia e na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, ao ser repatriado seis dias depois de ser resgatado. O laudo da perícia brasileira aponta que Juliana morreu ao meio-dia do dia 22 de junho, enquanto a autópsia da Indonésia conclui que a jovem teria morrido entre a 1h15 da madrugada do dia 23 e 1h15 do dia 24. Ambos no horário local da Indonésia. Os exames de necropsia dos dois países apontaram que uma das quedas que Juliana sofreu na íngreme encosta do vulcão provocou a morte, em cerca de 15 minutos.
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