O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera cenários eleitorais testados pela pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira, mas a sondagem também aponta uma maioria expressiva a favor de novos nomes na política.
Em cenário estimulado de primeiro turno para a Presidência da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT) tem 36,2%, contra 29,7% do antecessor, a maior vantagem já verificada para Lula desde novembro de 2024. Ciro Gomes (PDT) vem em terceiro, com 9,6%.
O presidente também fica à frente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). De acordo com o levantamento, neste cenário de 1º turno, Lula teria 35,8%, e Tarcísio, 17,1%. Neste cenário, Ciro Gomes tem 11,6%.
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No terceiro cenário levantado, Lula lidera com 37,1%, seguido do filho de Bolsonaro e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 14,6%, e de Ciro Gomes, com 12,3%.
Para um eventual segundo turno, foram testados seis cenários. Quando seu adversário é Bolsonaro, o levantamento registra um crescimento de Lula, que ultrapassa seu antecessor. O petista passa de 41% em junho para 45,7% em setembro. Bolsonaro sai de 44% na rodada anterior para 37,7% agora.
Bolsonaro está inelegível por duas condenações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado de Direito, entre outros crimes.
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Quando o adversário de Lula em um eventual segundo turno é o governador de São Paulo, o petista registra 43,9% contra 37,6% de Tarcísio. Em junho, os dois estavam em empate técnico, com Lula registrando 41% e Tarcísio, 40%.
O cenário de um segundo turno entre Lula e Ciro Gomes mostra o petista numericamente à frente, mas os dois em empate técnico, com 39,4% a 36,0%.
Nos outros três cenários, contra os governadores do Paraná, Ratinho Jr (PSD), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), Lula lidera, com percentuais acima dos 40%.
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“Lula avança nas intenções de voto e registra sua melhor performance desde o início das medições de 1º turno. Contudo, é importante ressaltar que há demanda relevante por nomes não ligados nem a Lula e nem a Jair Bolsonaro, o que torna a disputa aberta e imprevisível”, avaliou Marcelo Souza, diretor do Instituto MDA.
A pesquisa aponta, por exemplo, que 79,6% dos entrevistados defendem mais “espaço para novos nomes na política”, enquanto 15,6% defende a manutenção de “políticos mais antigos e conhecidos”.
Também apurou que 34,4% dos entrevistados preferem votar em algum candidato que não seja ligado nem a Lula, e nem a Bolsonaro. Outros 32,5% preferem votar em Lula ou um candidato apoiado por ele, enquanto 28,1% preferem votar em Bolsonaro ou um nome apoiado por ele.
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A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 6 de setembro, com 2.002 entrevistados, em 140 municípios das 27 unidades federativas. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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