O regime do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (25) que vai enviar 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia.
De acordo com informações do site Efecto Cocuyo, o ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Diosdado Cabello, disse que a operação tem o objetivo de combater o tráfico de drogas e serão utilizados drones, barcos, aeronaves e outros veículos na região.
“Apreendemos uma quantidade extraordinária de drogas este ano, uma quantidade que supera qualquer estimativa. Eles sabem disso internamente, qualquer um que tente traficar drogas pela Venezuela sabe que enfrentará uma resposta contundente. A Venezuela não será um território para o narcotráfico”, afirmou Cabello, apontado como o número 2 da ditadura chavista.
O ministro, que tem contra si uma recompensa dos Estados Unidos de US$ 25 milhões por informações que levem à sua captura e condenação, alegou que o governo apreende mais de 70% das drogas que entram no território venezuelano.
Na entrevista coletiva, Cabello acusou, sem provas, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, de ter ligações com um cartel de drogas mexicano.
“O Cartel de Jalisco tem contato com María Corina Machado, não com o governo. Traficantes de drogas e paramilitares colombianos têm contato com ela por meio de [Álvaro] Uribe e [Iván] Duque”, afirmou o ministro, citando, também sem provas, ex-presidentes da Colômbia.
A ditadura de Maduro anunciou o envio de tropas depois que os Estados Unidos decidiram na semana passada mandar às águas do Caribe próximas da Venezuela três navios de guerra para pressionar o regime chavista.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os Estados Unidos estão preparados para “usar todo o poder americano” para levar à Justiça “os responsáveis” por traficar drogas para o país, em recado direto ao ditador venezuelano.
No último dia 7, o governo dos Estados Unidos dobrou o valor que oferece por informações que levem à prisão e condenação de Maduro, elevando a recompensa para US$ 50 milhões.
Na ocasião, a procuradora-geral da gestão Trump, Pam Bondi, disse que Maduro tem ligações com as gangues venezuelanas Tren de Aragua, Cartel de Los Soles (do qual o ditador seria líder, segundo os EUA) e o mexicano Cartel de Sinaloa e que o ditador da Venezuela é “um dos maiores traficantes de drogas do mundo”.
Diante da pressão americana, na semana passada, o ditador venezuelano ordenou a mobilização de 4,5 milhões de membros da Milícia Bolivariana, como parte do que chamou de “plano de paz”.
No fim de semana, parte desse contingente foi alistado, e Maduro anunciou que uma segunda rodada de alistamento será realizada na sexta-feira (29) e no sábado (30).
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