O Complexo do Maracanã pode ir à venda, por meio de um projeto que promete melhorar as contas do Estado do Rio de Janeiro.
💲 O governo estadual está em busca de recursos para reduzir a sua dívida com a União, que deve custar R$ 12,33 bilhões só em 2026.
Por isso, propôs a venda de uma série de imóveis públicos à Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio).
Os deputados, contudo, alteraram a lista de imóveis que podem ser vendidos pelo governo, o que acabou atingindo o Maracanã.
O que entrou e o que saiu da lista?
🏣 A proposta inicial do governo contemplava 48 imóveis, mas 16 foram retirados e outros 30 entraram na lista nessa quarta-feira (22), durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Alerj.
Segundo os deputados, os imóveis retirados tinham destinação pública confirmada. É o caso da área do Batalhão de Polícia Militar do Leblon, da Escola de Música Villa-Lobos e de sedes de projetos sociais, por exemplo.
Já os que entraram são subutilizados ou oneram muito o caixa fluminense, de acordo com o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Amorim (União-Brasil). É o caso do Complexo do Maracanã, da Aldeia Maracanã e de 28 imóveis da Uerj (Universidade do Estado do Rio), segundo os parlamentares.
O custo do Maracanã
⚽ “Atualmente, o Governo do Estado paga fortunas de manutenção do Complexo do Maracanã, sem uma concessão longeva”, afirmou Amorim, dizendo que cada partida realizada no estádio custa, em média, R$ 1 milhão para o Estado.
Pelos cálculos de Amorim, a venda combinada do Complexo e da Aldeia Maracanã pode render R$ 2 bilhões para o governo do Rio. Ele ressaltou, contudo, que “o mercado é que vai determinar o valor final”.
Além do estádio de futebol, o Complexo do Maracanã inclui o ginásio Maracanãzinho, piscinas e áreas de treinamento. Já a Aldeia do Maracanã é um território indígena urbano.
Próprios passos
Para seguir em frente, a proposta de venda do Maracanã ainda precisa ser aprovada pelo plenário da Alerj, onde a lista de imóveis que serão colocados à venda pelo governo fluminense pode mudar de novo.
A venda de imóveis para o abatimento da dívida dos estados com a União está prevista no Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados). É uma alternativa que também está sendo estudada pelo governo de Minas Gerais. No caso mineiro, no entanto, a dúvida é entre privatizar ou federalizar empresas públicas como Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3).
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