Morreu nesta segunda-feira (8) uma das grandes vozes do Brasil: Angela Ro Ro. A cantora e compositora de 75 anos estava internada em estado grave na UTI do Hospital Silvestre, no Rio de Janeiro, desde 17 de junho. Com um quadro de infecção pulmonar, Angela teve de ser submetida a uma traqueostomia. Após uma melhora, uma nova infecção levou a uma parada cardíaca fatal.
A cantora começou a se destacar no cenário nacional nos anos 1970. No começo da década, quando ainda era uma adolescente, participou do disco Transa, de Caetano Veloso, tocando gaita em Nostalgia (That’s What Rock’n Roll Was All About). Em 1979, lançou seu primeiro e mais cultuado disco, que trouxe composições como Amor, Meu Grande Amor, Me Acalmo Danando, Gota de Sangue e Mares da Espanha.
Com estilo muito influenciado pelo blues e por grandes cantoras da música brasileira que a antecederam, Angela rapidamente se posicionou como uma artista única, que arrasava nos palcos, mas também concedia declarações polêmicas. Alguns de seus namoros com personalidades da cultura foram muito explorados por jornais e revistas.
Nos anos 80, a cantora seguiu emplacando baladas ao piano e ampliando sua audiência. O segundo álbum, Só Nos Resta Viver (1980), trouxe a faixa Meu Mal É a Birita. Ao longo da carreira, Angela teve muitos incidentes envolvendo drogas – legalizadas e não legalizadas.
Em Escândalo! (1981), seu terceiro álbum, a faixa-título foi um presente recebido de Caetano Veloso. Simples Carinho (1982) abria com a bela canção de mesmo nome, composta por João Donato e Abel Silva.
Um dos grandes fãs de Angela Ro Ro era Cazuza, que em parceria com Frejat compôs Malandragem em 1988 para a cantora. Angela, no entanto, não gostou da música e a liberou para que fosse gravada por Cássia Eller. Mais adiante, ela terminou gravando Malandragem e reconhecendo os méritos da canção.
* Com informações da Gazeta do Povo.
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