Há anos, especialistas alertam para os resíduos causados pelo uso de cápsulas para café. O método chegou ser banido de prédios públicos na cidade de Hamburgo, na Alemanha, há quase 10 anos. Uma das maiores fabricantes de café em cápsulas do mundo, a Nespresso, criou no Brasil seu processo de reciclagem, com recolhimento das cápsulas em lojas e pontos de recebimento.
Agora, como parte de sua agenda ESG, a Nespresso Brasil anunciou o início da produção de biometano a partir da borra de café, coletada pelo seu sistema nacional de reciclagem. Agora, os resíduos orgânicos separados no Centro de Reciclagem em Valinhos (SP) serão transformados em gás verde, uma fonte de energia renovável. Na próxima etapa do projeto, o biogás será utilizado para abastecer a planta industrial da Nestlé em Araçatuba (SP).
O processo de implementação do projeto de biometano levou cerca de um ano, envolvendo a prospecção de novos parceiros, alinhamento de objetivos e a validação de todo o escopo técnico do projeto. Como resultado, a Nespresso firmou parceria com a Crivellaro Ambiental.
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A operação também contou com mudanças logísticas, para garantir a viabilização da operação. Entre elas, o transporte das bombonas com cápsulas até o centro de reciclagem passou a ser realizado por veículos 100% elétricos, reforçando o conceito de uma cadeia de baixa emissão de carbono.
Com um investimento anual superior a R$ 2 milhões, valor que pode crescer com a ampliação do volume de borra reaproveitada, a Nespresso estima transformar entre 750 e 850 toneladas de borra de café por ano em biometano.
Segundo a companhia, o volume tem potencial de evitar a emissão de cerca de 857 toneladas de CO₂ na atmosfera, seja pela substituição de combustíveis fósseis, como o gás natural, seja pela prevenção da liberação de metano, um gás de efeito estufa mais potente, durante a decomposição do resíduo em aterros sanitários.
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Cada cápsula devolvida passa por um processo de separação do alumínio e da borra de café. Enquanto a borra se transforma em biometano, o alumínio retorna para a cadeia da indústria, sendo reintroduzido na produção siderúrgica.
A marca também desenvolve projetos criativos e colaborativos que dão novos significados ao material reciclado, como a parceria com a Natura, que já transformou mais de 2 toneladas de cápsulas em embalagens da linha Ekos Castanha. A Nespresso também esteve envolvida na cenografia natalina do Shopping Pátio Paulista, em São Paulo, feita com mais de 50 mil cápsulas usadas e depois reinseridas no ciclo da reciclagem.
Logística reversa
No Brasil, a Nespresso oferece acesso à reciclagem por meio de mais de 400 pontos de coleta físicos, 34 boutiques da marca, além do serviço gratuito de logística reversa via Correios que cobre todo o território. “A circularidade é uma jornada e um compromisso que compartilhamos com nossos consumidores. Hoje, temos a capacidade de receber e dar a destinação correta a todo nosso volume de cápsulas vendido no país e os consumidores, por sua vez, têm se tornado cada vez mais conscientes de suas escolhas”, conta Mariana.
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No segmento B2B, a Nespresso Brasil mantém um sistema exclusivo de logística reversa para clientes corporativos localizados em grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, a marca oferece um serviço via agências dos Correios: um coletor de papelão é enviado gratuitamente junto com o pedido de café, permitindo que as cápsulas usadas sejam armazenadas e enviadas de volta com praticidade e responsabilidade.
Já para clientes que consomem mais de 5 mil cápsulas por mês, a marca disponibiliza o serviço personalizado do Recycling Car, ampliando a eficiência da coleta e fortalecendo práticas sustentáveis no ambiente corporativo.
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