A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou neste domingo (7) que a Advocacia do Senado pediu corretamente a prisão preventiva de Ciro Gomes (PDT).
Ela destacou que os ataques contra a ex-senadora e atual prefeita de Crateús (CE), Janaína Farias, são “gravíssimos” e caracterizam “machismo repugnante”. Gleisi disse que Ciro vem desafiando a Justiça com reiteradas ofensas desde 2024.
“Agiu muito bem a Advocacia do Senado ao pedir prisão preventiva de Ciro Gomes por seus ataques à ex-senadora e atual prefeita de Crateús (CE), Janaína Farias. As ofensas de Ciro são gravíssimas e de machismo repugnante. Ele vem desafiando a Justiça com ataques reiterados desde 2024. Toda solidariedade à prefeita Janaína”, escreveu Gleisi em seu perfil na rede social X.
Pedido de prisão preventiva de Ciro Gomes está em análise
A Advocacia do Senado protocolou o pedido na quinta-feira (4), no âmbito de uma ação penal eleitoral movida pelo Ministério Público Eleitoral. O processo busca proteger Janaína Farias, alvo de declarações reiteradas do pedetista desde sua passagem pelo Senado.
Em maio, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou Ciro a pagar R$ 52 mil por danos morais à prefeita, após chamá-la de “assessora de assuntos de cama” e “cortesã”. Mesmo com a decisão, ele continuou a ofendê-la em redes sociais, segundo o documento.
A solicitação pede medidas cautelares como proibição de contato, restrição de aproximação, bloqueio de novas manifestações públicas contra a prefeita e comparecimento periódico em juízo. O juiz da 115ª Zona Eleitoral, Victor Nunes Barroso, encaminhou o caso à Polícia Federal para apurar possível crime de perseguição.
Defesa de Ciro rejeita acusação
O advogado Walber Agra disse ao site O Antagonista que não há fundamentos jurídicos para a prisão preventiva de Ciro Gomes. Ele afirmou que a Advocacia do Senado utilizou a via processual inadequada e que o caso não apresenta requisitos para medidas cautelares.
“A nossa linha de defesa é que não há ofensa, se trata de uma discussão política. Não há nenhum dos requisitos para uma decretação de preventiva ou qualquer medida cautelar. Não há reiteração de conduta, mas, sim, um direito político de liberdade de expressão de falar como são escolhidos cargos públicos para o Ceará. Você pode dizer que ele foi exacerbado, mas querem a prisão por ele exercer a liberdade de expressão e crítica política?”, questionou Agra.
Segundo o advogado, o pedido de prisão preventiva representa uma tentativa de criminalizar o exercício da liberdade de expressão e o direito de crítica política. O pedido está sob análise judicial.
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