O mercado financeiro observa atentamente os próximos passos da Petrobras (PETR4; PETR3) depois do anúncio da nomeação de Bruno Moretti, na quinta-feira (21), como presidente do Conselho de Administração. Analistas afirmam que a expectativa agora se concentra na composição do colegiado e em sinais sobre a condução da estatal, especialmente em relação à política de preços, dividendos e disciplina de capital.
Moretti assumirá no lugar de Pietro Adamo Sampaio Mendes, que deixou o cargo para integrar a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O executivo já fazia parte do Conselho e do Comitê de Investimentos da Petrobras e atualmente ocupa o cargo de Secretário Especial de Análise Governamental da Presidência da República.
Economista formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutorado e pós-doutorado em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB), Moretti também é doutorando em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Para analistas, a troca na presidência do Conselho não deve alterar os fundamentos da empresa. A Ativa Research mantém postura neutra sobre PETR4, com preço-alvo de R$ 44, afirmando que a mudança não interfere na execução do plano estratégico ou na disciplina operacional e financeira.
A Genial Investimentos, que também mantém recomendação e preço-alvo de R$ 44, diz que a nomeação reforça o alinhamento político da companhia, e que a definição final do Conselho na próxima assembleia geral será um ponto de atenção para o mercado.
O Bradesco BBI lembra que o Governo Federal indicará um candidato para preencher a vaga restante no Conselho. A indicação passa por verificações de antecedentes e pelo Comitê de Pessoas, antes de ser submetida ao Conselho de Administração. A estatal funciona atualmente com dez membros, retornando à composição completa de onze somente após a aprovação do indicado pelo governo.
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Investidores observam agora a formalização do restante do colegiado e possíveis sinais que a nova presidência possa dar sobre decisões estratégicas. A expectativa é que a Assembleia Geral confirme Moretti e defina se haverá ajustes na gestão, mantendo o foco na execução do plano de investimentos e na disciplina de capital da companhia.
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