O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconduziu o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, ao cargo por mais dois anos à frente do Ministério Público da União (MPU). A recondução foi assinada na manhã desta quarta (27) e ocorre às vésperas do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado para começar no próximo dia 2 de setembro.
Agora, a indicação feita por Lula ainda depende de confirmação pelo Senado após nova sabatina. Há dois anos, Gonet foi aprovado com expressiva votação. Na ocasião, ele recebeu aprovação de 23 integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, 65 senadores votaram favoravelmente no plenário.
Agora, Paulo Gonet vai precisar fazer um novo beija-mão atrás de votos, mas enfrentará uma Casa mais resistente já que o PGR tem apoio formal do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O atual mandato encerra em dezembro deste ano.
“Agradeço ao Presidente da República a indicação que acaba de assinar. Animado e confortado por essa demonstração de renovada confiança, renovo também eu o meu propósito de empenho e dedicação à causa da Justiça, ao Ministério Público e ao país”, afirmou Gonet.
Paulo Gonet foi o responsável por analisar e denunciar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação da Polícia Federal sobre os atos de 8 de janeiro de 2023 e os envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Os pareceres incluem, além de cidadãos comuns apontados como participantes das ações de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes, também autoridades do governo de Bolsonaro e militares que supostamente teriam planejado e executado o alegado golpe.
Mais recentemente, nesta semana, Gonet defendeu o reforço no monitoramento policial de Bolsonaro ao chancelar um pedido da Polícia Federal para que equipes policiais acompanhem em tempo real o cumprimento de medidas cautelares pelo ex-presidente por um suposto risco de fuga.
O procurador-geral da República também foi alvo de sanções dos Estados Unidos, em julho, como a revogação do seu visto americano como pressão do governo de Donald Trump para que o STF suspenda o julgamento de Bolsonaro.
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