A Rússia lançou durante a noite de quarta-feira (20) um ataque maciço contra a Ucrânia, utilizando 574 drones e 40 mísseis, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (21) pela Força Aérea ucraniana. A ofensiva, que atingiu cidades do leste ao oeste do país, ocorre no mesmo período em que aliados ocidentais discutem possíveis garantias de segurança para Kiev em futuras negociações de paz com Moscou.
Apesar da interceptação da maioria dos projéteis — 546 drones e 31 mísseis, incluindo um hipersônico Kinzhal —, os impactos foram registrados em pelo menos 11 localidades, de acordo com o comando militar. Fragmentos de drones abatidos também caíram em três áreas distintas, ampliando os danos. Em Lviv, uma pessoa morreu e duas ficaram feridas, uma delas em estado grave.
Entre os alvos atingidos estava uma fábrica americana de eletrônicos da multinacional Flex, localizada em Mukachevo, no oeste do país, onde cerca de 800 funcionários atuavam no turno da noite.
“Um dos mísseis atingiu um importante produtor americano de eletrônicos em nossa região mais ocidental, causando sérios danos e vítimas”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Andriy Sybiha, frisando que se tratava de “instalações completamente civis”.
O chanceler também acusou Moscou de desafiar os esforços diplomáticos: “Contra todos os esforços para pôr fim à guerra, a Rússia atacou massivamente nesta noite alvos civis e da infraestrutura de energia”. Ele lembrou ainda que esse não é o primeiro ataque contra empresas norte-americanas na Ucrânia, recordando bombardeios contra escritórios da Boeing em Kiev neste ano.
Sybiha reforçou que Kiev está disposta a dialogar, mas exige maior apoio dos parceiros. Segundo ele, “cruciais são os esforços para obrigar a Rússia a pôr fim à guerra”, o que exige o reforço das defesas aéreas com novos sistemas e garantias de segurança sólidas por parte do Ocidente.
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