O decreto de estado de emergência imposta pelo presidente do Peru, José Jeri, à capital Lima colocou a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) em alerta.
Em cerca de um mês, no dia 29 de novembro, a cidade receberá a final da Copa Libertadores e, oficialmente, a entidade que rege o futebol no continente sul-americano afirma não ter grandes preocupações. No entanto, caso seja necessária uma mudança de local da decisão, esta não será a primeira na história da competição.
A própria Lima foi o palco substituto de uma edição da competição. Em 2019, a primeira final em jogo único do torneio seria disputada em Santiago, no Chile. No entanto, uma onda de protestos na capital chilena obrigou a Conmebol, junto aos finalistas Flamengo e River Plate, a optarem por um novo local para a partida, que no caso foi o Estádio Monumental, na capital do Peru.
Vale lembrar que em 2018, a cidade de Madri, na Espanha, recebeu a partida de volta da final entre River Plate e Boca Juniors por conta da falta de segurança em Buenos Aires, que receberia originalmente o confronto.
Mané Garrincha à disposição
Na noite dessa quarta-feira (22/10), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), colocou Brasília à disposição da Conmebol e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a realização da final da Libertadores 2025 caso Lima não esteja apta a recebê-la.
Em ofícios enviados ao presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e ao presidente da CBF, Samir Xaud, Ibaneis destacou que a Arena BRB Mané Garrincha está preparada para receber o duelo, que pode contar com ao menos uma equipe brasileira.
“Trata-se do segundo maior estádio do Brasil, com capacidade de 72.851 espectadores, dispondo, portanto, de porte para sediar esse importante evento esportivo”, diz Ibaneis nos documentos enviados às entidades.
O governador ainda destacou a ampla capacidade hoteleira de Brasília, além da infraestrutura e a segurança da capital federal.
Entenda a onda de protestos no Peru
- Os protestos foram organizados majoritariamente por jovens e inicialmente de forma pacífica.
- Contudo, os manifestantes entraram em confronto com as forças de segurança.
- Este é o primeiro grande ato durante o governo de José Jeri, que assumiu a presidência há cerca de uma semana após o impeachment de Dina Boluarte.
- De acordo com o novo presidente, 55 policiais e 20 civis ficaram feridos; 10 pessoas foram presas.
- Em meio aos protestos, José Jeri decretou estado de emergência em Lima, entre 22 de outubro e 21 de novembro.
- Entre as pautas dos manifestantes estão o fechamento do Congresso, a convocação de assembleia constituinte e medidas contra a criminalidade.
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