Segundo Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, o Sul do país encerrou junho de 2025 com 1.249.274 empresas negativadas, com o Paraná como líder em número absoluto (491.783) e em proporção de empresas no estado (28,1%).
Em Santa Catarina, são 342.876 empresas negativas, representando 25,9% de todas as empresas do estado.
No cenário nacional, junho de 2025 registrou um novo recorde histórico, com 7,8 milhões de empresas com contas em atraso, equivale a 32,9% das companhias existentes no país. A economista-chefe da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, fala que os dados de inadimplência refletem de forma concreta os efeitos da política monetária restritiva. “Como uma correnteza que começa com o aperto financeiro nos negócios, a deterioração avança e deságua na inadimplência que, em junho de 2025, atingiu este patamar recorde de CNPJs. O ambiente de maior seletividade por parte dos credores pode ter limitado as possibilidades de negociação, contribuindo para este aumento”.
Em comparação com maio de 2025, houve um aumento de mais de 100 mil no número de negócios inadimplentes e, dentre os empreendimentos negativados no país em junho, 7,4 milhões eram Micro, Pequenas e Médias empresas. “Quando o número de empresas inadimplentes cresce muito, como tem ocorrido desde janeiro de 2025, a composição da carteira em atraso muda. Passa a incluir mais empresas em situação crítica e com menor capacidade de pagamento”, complementa Camila.
O levantamento revelou, ainda, que a maioria das companhias negativadas em junho 2025 era de “Serviços” (53,8%), seguido pelo “Comércio” (33,9%).
No sexto mês de 2025, o Brasil chegou à soma de R$ 57,4 milhões de dívidas, totalizando em um valor de R$ 188,4 bilhões. A média foi de 7,4 boletos por CNPJ e R$ 24.178,8 devidos por empresa.
Na análise por Unidades Federativas (UFs), apesar de São Paulo (2.661.866) ter liderado o ranking em número de empresas inadimplentes em junho de 2025, o Distrito Federal apresentou a maior proporção (42,7%). Veja, no gráfico abaixo e na tabela a seguir, os dados completos:
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