O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é favorito à reeleição no estado nas eleições de 2026, segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (22). Entre os entrevistados, 56% afirmam que Tarcísio merece ser reeleito ao cargo.
Na quinta-feira (21), o levantamento da Genial/Quaest também apontou o governador de São Paulo, como principal nome da oposição a Lula (PT) nas urnas em 2026. Tarcísio de Freitas deve decidir até o próximo mês de abril se disputará a reeleição ou lançará voos maiores rumo à corrida presidencial. Abril é o limite para desincompatibilização de cargos públicos, conforme o calendário eleitoral.
Na preferência do eleitor em relação ao voto para governador de São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) aparece como principal opositor de Tarcísio, com 21% das intenções de votos. Alckmin é seguido por Erika Hilton (PSOL), com 8%; Paulo Serra (PSDB), 3%; e Felipe D’Ávila (Novo), 2%. Os indecisos são 7% e 16% dos entrevistados responderam na pesquisa Genial/Quaest que vão optar pelo voto nulo, branco ou não vão votar para governador de São Paulo.
A maioria do eleitorado paulista, 59% dos entrevistados, afirma que prefere que o próximo governador tenha uma postura política independente. Outros 23% gostariam que o mandatário fosse aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e 17% preferem um governador alinhado ao presidente Lula.
Para 42%, Tarcísio de Freitas atuou bem diante das tarifas de Trump
A atuação do governador de São Paulo diante das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é vista como boa para 42% dos paulistas, conforme pesquisa Genial/Quaest. Já 39% acham que Tarcísio atuou mal.
Sobre o modo como o Lula atuou diante da imposição de tarifas por Trump, 34% acreditam que o presidente agiu bem diante das tarifas, contra 59% dos paulistas que dizem que o presidente Lula atuou mal.
Tarcísio foi um dos primeiros governadores a se posicionar sobre o tarifaço de Trump. Aliado de Bolsonaro, o governador de São Paulo foi alvo de ataques da esquerda por ter comemorado a posse de Trump no início do ano com um boné da campanha do republicano. Depois disso, Tarcísio passou a discutir a taxação diretamente com a Embaixada dos Estados Unidos e anunciou uma linha de crédito emergencial para o setor produtivo paulista. O estado de São Paulo é o principal exportador de produtos para o mercado norte-americano no país.
Segundo a pesquisa, o governo de Tarcísio de Freitas tem aprovação de 60% dos paulistas e 29% de desaprovação. O índice de avaliação positiva é de 44%, o que significa um aumento de três pontos percentuais em relação ao último levantamento em fevereiro. A avaliação como negativa foi a resposta de 15% dos entrevistados, percepção que sofreu uma pequena oscilação desde fevereiro, quando 14% afirmaram que a gestão Tarcísio era negativa.
As áreas mais bem avaliadas são infraestrutura e mobilidade (49%) e transporte público (41%). A pior avaliação do eleitorado paulista é na área de segurança pública: 36% consideram negativa.
Quanto à aprovação do governo Lula, 65% dos paulistas desaprovam o governo petista na última pesquisa, contra 69% no levantamento de fevereiro, o que aponta para recuperação nacional da popularidade de Lula após o tarifaço dos Estados Unidos. Já 34% aprovam o atual governo, contra 29% na última pesquisa. Sobre a avaliação da gestão de Lula, 51% avaliam de modo negativo o trabalho do presidente e 28% consideram regular. Para 20% a gestão de Lula é positiva.
- Metodologia: a pesquisa Genial/Quaest São Paulo foi realizada entre os dias 13 e 17 de agosto de 2025. Foram feitas presencialmente 1.104 entrevistas. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais.
Por que a Gazeta do Povo publica pesquisas eleitorais
A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população.
Métodos de entrevistas, composição e número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar no resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.
Pesquisas publicadas nas eleições de 2022, por exemplo, apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado na urna. Feitos esses apontamentos, a Gazeta do Povo considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.
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