Membros da comunidade ucraniana e manifestantes contrários à invasão da Rússia na Ucrânia fizeram atos neste domingo (24) em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. As manifestações marcam o dia da independência ucraniana e tentam mostrar aos brasileiros que a ditadura russa está se recusando a negociar o fim da guerra mesmo com a pressão do presidente americano Donald Trump.
Na Avenida Paulista, em São Paulo, manifestantes marcharam com uma bandeira gigante e ramos de girassóis, que é um dos maiores itens de exportação do país, e atraíram a atenção de quem aproveitava o Domingo na Paulista, quando a avenida fica fechada para pedestres.
Membros da embaixada ucraniana e do consulado local fizeram discursos agradecendo o apoio e pedindo paz. O cônsul honorário de São Paulo, Jorge Rybka, fez críticas a empresas privadas brasileiras que estão comprando óleo diesel e outros produtos da Rússia sem se importar que o dinheiro está ajudando a financiar mais mortes na Ucrânia.
Cartazes traziam uma imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dando um aperto de mão banhado de sangue com o ditador Vladimir Putin da Rússia. Lula tem sido um dos maiores apoiadores internacionais da ditadura russa desde que assumiu seu terceiro mandato. Ele vem sendo o porta-voz ideológico da Rússia e da China em uma luta global contra a hegemonia do dólar americano.
Manifestantes também se reuniram no Rio de Janeiro, na Avenida Atlântica, na praia de Copacabana, e em Curitiba, no memorial ucraniano no Parque Tingui. Também ocorreram celebrações religiosas em igrejas ucranianas no Paraná.


O dia 24 de agosto é a data em que a Ucrânia aprovou em seu Parlamento a independência da União Soviética em 1991 e é usada hoje como dia de protestos contra a invasão russa de larga escala iniciada em fevereiro de 2022. Nesta segunda-feira (25) haverá uma sessão especial na Câmara dos Deputados às 9h, em Brasília. O objetivo é celebrar os laços entre os dois países e prestar homenagem e apoio à Ucrânia.
Atualmente, a comunidade ucraniana no Brasil conta com cerca de 500 mil pessoas. A imigração de ucranianos para o Brasil começou há 134 anos, figurando entre os dez principais grupos imigrantes que vieram para o país.
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