Acabo de conquistar um novo título que me enche de orgulho: sou, oficialmente, sommelière de cervejas, formada pela Escola Superior de Cerveja e Malte, referência no Brasil quando o assunto é educação cervejeira. Foi um mergulho profundo em um universo fascinante, que vai muito além do simples ato de beber.
Ser sommelière de cervejas significa conhecer a fundo os estilos, os ingredientes, os processos de produção, as diferenças entre escolas cervejeiras do mundo e, principalmente, aprender a degustar de forma consciente. Porque beber é uma coisa, mas degustar é outra completamente diferente: é sentir aromas, identificar notas, compreender texturas, respeitar a história por trás de cada rótulo.
Na nossa região, somos privilegiados com o crescimento das craft beers — as cervejarias artesanais, que resgatam tradições, ousam em experimentações e traduzem a identidade local em forma de sabor. Elas nos lembram que a cerveja pode ser tão complexa e sofisticada quanto o vinho, e que a cultura cervejeira é viva, pulsante, e merece ser celebrada.
Meu propósito ao entrar nesse mundo da sommelieria é a harmonização. Descobrir como uma cerveja pode realçar um prato e, ao mesmo tempo, como um prato pode valorizar uma cerveja é um exercício delicioso de equilíbrio e sensibilidade. Imagine um prato à base de frutos do mar acompanhado de uma witbier cítrica e refrescante, ou um chocolate amargo servido com uma porter encorpada… cada combinação abre uma nova experiência.
Convido você, leitor, a olhar para a cerveja com outros olhos. A estudar um pouco mais sobre ela e descobrir que, em um copo, cabe muito mais do que espuma: cabe história, química, geografia, cultura e, claro, memórias afetivas. Porque cada gole pode ser também uma viagem de conhecimento.
Um brinde ao aprendizado, e que venham as próximas descobertas!
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