O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo (24) que um encontro presencial com o ditador russo, Vladimir Putin, seria “a forma mais eficaz de avançar” nas negociações de paz. A fala ocorreu em Kiev, durante a celebração dos 34 anos da independência do país, em meio à sensação de que as conversas diplomáticas mediadas pelos EUA perderam força nos últimos dias.
O presidente Donald Trump tenta neste momento organizar uma cúpula entre Moscou e Kiev, mas o Kremlin sinalizou na semana passada que não vê condições para uma reunião imediata entre Putin e Zelensky. Apesar disso, o presidente ucraniano insistiu que a solução para o conflito em seu país depende do diálogo direto entre ele e o ditador russo: “o formato de conversas entre líderes é a forma mais eficaz de avançar” nas negociações, lembrou Zelensky.
Os Estados Unidos reforçaram neste domingo a pressão sobre Moscou. O vice-presidente JD Vance disse em entrevista à emissora NBC News que novas sanções contra o regime não estão descartadas, caso Putin não avance nas negociações de paz.
“Não, as sanções não estão fora de cogitação. Mas tomaremos essas decisões caso a caso”, afirmou. Ele destacou que Trump ainda tem “muitas cartas para jogar para pressionar e tentar acabar com esse conflito”.
Vance também declarou que viu “algumas concessões significativas de ambos os lados apenas nas últimas semanas” e assegurou novamente que Washington seguirá envolvido nas negociações, mas não vai enviar tropas como garantia de segurança para a Ucrânia.
“O presidente [Trump] foi muito claro. Não haverá soldados [americanos] em solo ucraniano, mas continuaremos a desempenhar um papel ativo para assegurar que os ucranianos tenham as garantias de segurança e a confiança de que precisam para acabar com a guerra”, acrescentou.
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